Geral

Aurora e a transferência de tecnologia ao campo

Por Mário Lanznaster

Presidente da Cooperativa Central AURORA Alimentos

Vice-presidente Para o Agronegócio da FIESC

 

As cooperativas catarinenses desenvolvem um trabalho extraordinário de qualificação da produção e capacitação das famílias rurais. O caso da Cooperativa Central Aurora Alimentos é emblemático: ela emprega mais de 500 técnicos em seus diversos programas de transferência de tecnologia ao campo. O projeto SUÍNO IDEAL que a Aurora desenvolve há nove anos em parceria com as suas cooperativas filiadas é um exemplo superlativo desta assertiva. A ideia é tão simples quanto arrojada: produzir um suíno estandardizado, ou seja, que obedeça a padrões de peso, tamanho, qualidade da carne etc, permitindo a otimização do aproveitamento industrial.

O Suíno Ideal é um processo de melhoria contínua e seu foco está na implantação de padrões de manejo e padrões de assistência técnica. É a aplicação destes procedimentos nas rotinas dos técnicos e produtores que garante as melhorias que o mercado exige.

Os resultados mensurados nesses nove anos de programa comprovam seu sucesso tanto no aspecto de resultado zootécnico, como nos aspectos de organização dos recursos ambientais da propriedade, buscando atender as exigências dos mercados nacional e internacional. Neste período evoluíram-se muito os indicadores zootécnicos. Em 2009, a conversão alimentar estava em 3,314 e em 2017 evoluiu para 2,927 quilograma de ração para 1 quilograma de peso vivo;  a mortalidade estava em 3,48% e em 2017 baixou para 1,51%.

Atualmente participam do programa dez cooperativas agropecuárias (Alfa, Auriverde, Copérdia, Itaipu, Colacer, Caslo, Coopervil, Coopercampos, Coasgo e A1) e todos os suinocultores cooperados e integrados ao Sistema Suicooper III (compreende a fase de terminação dos suínos) estão inscritos – o que significa 2.546 produtores.

O objetivo do projeto é a redução na variabilidade de peso de carcaça fornecida para a indústria. Ou seja, garantir o fornecimento de matéria-prima padronizada. Paralelamente, busca melhor remuneração para o produtor integrado ao sistema Suicooper III, melhoria na conversão alimentar e redução da mortalidade na propriedade e no transporte.

A padronização do processo de produção é extremamente importante, pois assegura domínio do processo produtivo, redução da variabilidade dos suínos disponibilizados para o abate e, por consequência, rendimentos padronizados, cortes padronizados e volume produzido dentro do esperado, bem como maior controle sobre os custos.

Todos os parceiros desse projeto têm compromissos específicos. Essa imensa ação cooperativa impacta nos resultados industriais no tocante a otimização das carcaças de suínos e, portanto, nos resultados econômicos e financeiros. Esse conhecimento está devidamente codificado. Todas as práticas estão descritas no manual de produção de suínos na fase de crescimento e terminação. A cada dois anos ocorre a revisão de todo o processo.

A cadeia de suíno já detinha um alto grau de eficiência, por isso, potencializar ainda mais os ganhos zootécnicos é um resultado fantástico. As avaliações e mensurações comprovam esses avanços em termos de redução da mortalidade no transporte, redução da mortalidade na propriedade, melhor conversão alimentar (ração transformada em carne) e redução do coeficiente de variação de peso no abate. Todos ganham com isso: produtor, indústria e consumidor.

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