Na próxima segunda feira, dia 24 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Suinocultor, data instituída por meio de uma lei federal. A suinocultura é uma atividade com grande importância social e econômica para o Brasil, especialmente para o Estado de Santa Catarina, líder nacional na produção e maior exportador de carne suína do Brasil.

Atualmente, a suinocultura em Santa Catarina representa uma fatia muito grande das exportações. Destaque para o sistema de integração AURORA, que exporta para mais de 60 países de todos os continentes, além de ser a primeira e única empresa brasileira a exportar para os Estados Unidos da América. Os principais destinos da carne suína catarinense são Japão, Rússia, China e Hong Kong.

Dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, mostram que em 2016, o volume de exportações de carne suína foi de 274 mil toneladas, aumento de 43,47% em relação ao ano anterior. O estado respondeu por 38% das exportações brasileiras do setor, com arrecadação de US$ 555,2 milhões no último ano. 

O coordenador de área de suinocultura da Cooperativa Regional Auriverde, João Romano, destaca que um dos fatores que fazem com que a atividade de suinocultura em Santa Catarina esteja nesta vanguarda, é o fato do estado ser reconhecido como área livre da febre aftosa sem vacinação. “Fizemos um trabalho de mais de 30 anos para erradicar a febre aftosa em nosso estado e, atualmente, a Auriverde em parceria com os demais órgãos de controle, continua trabalhando intensamente para que o estado mantenha o status de área livre de febre aftosa e aumente sua participação no mercado mundial”.

Hoje, o sistema de integração AURORA é o 3ª maior do Brasil no mercado de suinocultura e avicultura. “Isso só demonstra o potencial que temos, principalmente para continuar crescendo, levando em consideração que a AURORA está localizada no oeste catarinense, uma região muito próspera e grande produtora de proteína animal”, expõe Romano.

Outro fator importante a ser destacado na atividade é com relação aos custos de produção. “Esse fator tem diminuído nos últimos anos, graças ao aprimoramento de técnicas cada vez mais modernas de produção aliada a excelentes indicadores de conversão alimentar. Para que a atividade seja viável e traga resultados na propriedade é preciso aumentar a produtividade, diminuir a mortalidade e ter uma boa conversão alimentar no lote”, complementa.

Nesse contexto, deve-se destacar ainda o trabalho de assistência técnica que é fornecida aos produtores integrados pela cooperativa em parceria com a AURORA em todas as etapas do ciclo de produção. “O crescimento da atividade só foi possível com a excelente parceria entre a área técnica e integrado, proporcionando resultados cada vez melhores e maiores para o setor”.

E, quanto às exportações, João Romano destaca que cada país importador tem suas exigências e peculiaridades e por isso a indústria busca a cada dia mecanismos e formas para melhor atender a estas exigências e não perder mercado. Com relação ao consumo nacional de carne suína, Romano destaca que o mesmo cresce gradativamente, porém ainda não conquistando o patamar ideal. “Temos um grande potencial de crescimento no consumo interno, mas precisamos divulgar ainda mais o setor e mostrar que a carne suína é saudável e representa muito para a economia nacional”, completa.

Romano explica ainda que, atualmente, a Auriverde possui uma cota diária de 992 cabeças por dia para o abate junto a AURORA e até o final do ano esse número passará para 1.195 cabeças por dia. Agora, estão sendo entregues aproximadamente 4.960 animais por semana e, posteriormente, com o aumento na cota, esse número será de 5.975 cabeças por semana. “Isso representa uma entrada maior de dinheiro nas propriedades dos integrados, trazendo ainda a possibilidade de ampliações nas instalações existentes ou novos produtores ingressando na atividade”, salienta ele.